segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA NA BPMJG

Seguindo a nossa programação em homenagem ao Dia da Consciência Negra, divulgaremos hoje e amanhã os títulos destinados ao público adulto no acervo da biblioteca, são obras de ficção escritas por autores de origem Africana e/ou que trazem como tema a cultura negra.
Primeiramente um breve histórico de uma das maiores escritoras afro-americanas que em suas obras retrata com muita sutileza e propriedade aspectos da cultura e identidade dos negros.

 “ Se há um livro quer ler, mas não foi escrito ainda, então você deve escrevê-lo.”











Toni Morrison, nascida no Ohio, foi professora de letras na Universidade do Texas e em Howard. Entre seus romances, A canção de Solomon, ganhou em 1978 o prêmio nacional da crítica norte-americana, e Amada o Pulitzer para ficção em 1988.

Algumas das obras da autora que você encontra na Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães:

Este é o livro mais conhecido da escritora americana Toni Morrison, prêmio Nobel de Literatura de 1993, o romance, republicado agora no Brasil pela Companhia das Letras, ganhou o Pulitzer de 1988 e em 2006 foi eleito pelo New York Times a obra de ficção mais importante dos últimos 25 anos nos Estados Unidos. Em 1998 recebeu uma adaptação cinematográfica, com Oprah Winfrey no papel principal.
A história se passa nos anos posteriores ao fim da Guerra Civil, quando a escravidão havia sido abolida nos Estados Unidos. Sethe é uma ex-escrava que, após fugir com os filhos da fazenda em que era mantida cativa, foi refugiar-se na casa da sogra em Cincinnati. No caminho, ela dá à luz um bebê, a menina Denver, que vai acompanhá-la ao longo da história. Considerado um clássico contemporâneo, faz um retrato a um tempo lírico e cruel da condição do negro no fim do século xix nos Estados Unidos.

No ritmo sensual do jazz, com magistrais improvisos de lirismo e paixão, um mergulho profundo na alma de personagens cativantes. A complexa humanidade da vida urbana dos negros na fascinante Era do Jazz.






A autora nunca se aprofundou tanto, e com tanta sensibilidade, no relacionamento entre negros e brancos, negros e negros, mulheres e homens. Livro envolvente, que mostra o talento excepcional desta grande escritora. A intensidade das paixões, a força das raízes, numa extraordinária visão da alma humana. Valerian, o velho e excêntrico americano que mora em uma ilha do Caribe, cercado de submissos criados de pele escura; Margaret, sua esposa, frustrada como mulher e como mãe; Jandine a linda negra que renega suas raízes e se comporta como branca; Son, o negro másculo, cioso de suas origens, que surge na ilha para quebrar a harmonia reinante e envolver Jandine em uma intensa paixão sensual.Esse elenco de personagens fortes dá vida a páginas fascinantes, escritas com invulgar elegância de estilo, vigor, argúcia.

Apresentamos agora o resumo de algumas destas obras da coleção “Autores Africanos” presentes em nosso acervo:

 Os três contos que compõem este livro trazem de volta ao leitor brasileiro uma das grandes vozes da literatura africana de expressão portuguesa. Em decorrência da luta contra a dominação portuguesa em Angola, José Luandino Vieira, português de nascimento, escreveu boa parte de sua obra na prisão. Luuanda, de 1963, integra uma obra narrativa que, em 2006, foi agraciada com o Prêmio Camões. O autor, alegando "razões pessoas e íntimas", se recusou a recebê-lo.

Ngunga é uma história bonita, com uma função didática. A obra é também uma obra de história que descreve os percursos pelo interior do país dando a imagem dos ideais políticos do movimento ao qual Pepetela pertencia indo à história das tradições de Angola que o autor retrata e critica, como no exemplo da jovem Wassamba, que se apaixona por Ngunga num amor impossível...Wassamba era uma das mulheres do Soba.Em As aventuras de Ngunga Pepetela mergulha também na descrição da geografia, da fauna e da flora do país, as cores dos pássaros e as árvores à sombra das quais o professor dava as aulas, são descritas com pormenor. 



Trata-se de um romance em dez capítulos no qual Luandino Vieira delineia, eventos ligados à prisão e a tortura da personagem título. Assim como a evolução dos fatos é possível para o leitor entender o funcionamento da estrutura revolucionária, passando pela conscientização do povo, passando por uma engenhosa rede de comunicação, cuja apresentação constrói uma outra identidade, maior do que a do personagem, a identidade do próprio povo oprimido de Angola.

A coleção “Autores Africanos”, publicada pela Editora Ática no Brasil, de finais da década de 1970 a início dos anos de 1990, temos uma amostra significativa da maneira como se dão essas relações e suas implicações políticas, econômicas e culturais, destacadamente no campo da produção editorial das literaturas africanas em um período específico da história de nosso país. Por outro lado, projetos como o da coleção “Autores Africanos” oferecem elementos que, uma vez reunidos e postos em relação, nos permitem realizar leituras das ligações que esse estabelece com a memória cultural negra no Brasil, as relações diplomáticas do país com o continente africano, a consolidação das pesquisas e dos estudos africanos nas universidades e o interesse significativo das editoras brasileiras pelas literaturas africanas”.

FonteDE SILÊNCIOS E MEMÓRIAS: A COLEÇÃO “AUTORES AFRICANOS” E A LEGITIMAÇÃO DAS LITERATURAS AFRICANAS NO BRASIL. Disponível em:<http://www.xiconlab.eventos.dype.com.br/resources/anais/3/1308346803_ARQUIVO_TextoConlab.pdf> Acesso em 19 nov. 2012.

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