Carlos Fuentes nasceu no Panamá em 1928
e se naturalizou mexicano em 1944. Romancista, ensaísta e embaixador, é o
escritor mais conhecido em seu país, junto com Octavio Paz, que foi seu
adversário político. Sua obra conquistou prêmios famosos, como o Príncipe de
Astúrias (1994), Prêmio Cervantes (1987) e Prêmio da Latinidade (1999). O
primeiro romance foi La región
más transparente(1957). Sua obra inclui alguns clássicos da literatura
fantástica latino-americana: Gringo
velho (1985), A morte de Artemio Cruz (1962),Diana ou a caçadora
solitária (1994), La raya del olvido, Fronteira de cristal e A laranjeira. Por ocasião do 5º centenário do
descobrimento da América, escreveu o ensaio O
espelho enterrado, no qual pretendeu resumir a totalidade da arte hispânica
e colocá-la em pé de igualdade com a tradição anglo-saxã. Em 2000 publicou Los años con Laura Díaz,
romance de alto teor político escrito pela ótica de uma mulher. Sua obra
retrata em grande parte a História de seu país: "Existe uma verdade na
ficção que amplia a verdade da História”, tem declarado. Em 2002 lançou En esto creo, espécie de autobiografia, um registro
em ordem alfabética de seus sentimentos mais íntimos e pensamentos mais
públicos. Já em 2004 publicou Instinto
de Inêz, um retorno à
literatura fantástica, inspirado na ópera A
danação de Fausto, de Hector Berlioz. No mesmo ano lançou uma coletânea de
artigos que atacaram o então candidato à presidência George Bush no exato
momento da eleição norte-americana, numa tentativa de não vê-lo reeleito, e
dá-lhe um título de panfleto: Contra
Bush. Em 2005 lançou A cadeira da águia, em que narra
a situação do México em 2020, numa crítica feroz à elite política. Seu
lançamento mais recente é o romance A
vontade e a fortuna (Alfaguara,
2008).
Algumas de sua obras estão presentes no acervo da BPMJG:
Narra a história das
aventuras de um espião, às voltas com árabes, judeus e americanos... nas
entrelinhas, um meio para denunciar com toda a crueza e de forma indignada, a
situação de miséria de certos países alienados do direito de usar suas riquezas
como quiserem e bem entenderem, aclamado pela crítica e transformado em best
seller.
O livro é composto de cinco novelas, curtas e interligadas, em que o autor joga com diversos mitos- o conquistador
conquistado, a atemporalidade da história – e recorre aos temas típicos de sua
literatura ímpar.
Era maio de 1968, e
Carlos Fuentes estava lá. Reconhecidamente um dos maiores intelectuais da
América Latina, o escritor viajou a Praga com Julio Cortázar e Gabriel García
Márquez, escondeu-se em barricadas em Paris e acompanhou o massacre da Plaza de
las Tres Culturas, no México. Reúne três textos do autor sobre a época,
escritos no calor dos acontecimentos ou pouco depois dos movimentos que
chacoalharam o sistema social, educacional e político do mundo ocidental. Nos
40 anos daquele maio histórico, as reflexões de Fuentes revelam uma força sem
par e mostram-se absolutamente atuais.
Aura é mais do que uma
intensa história de fantasmas: é uma lúcida e alucinada exploração do
sobrenatural, um encontro dessa vaga fronteira entre a irrealidade e o
tangível, essa zona da arte onde o horror gera a beleza...
No tempo da revolução de Pancho Villa, Carlos
Fuentes localiza o jornalista Ambrose Bierce que declarando-se cansado decide
escolher onde quer morrer. Participa da revolução e um ano depois desaparece,
tornando-se uma lenda.
Artemio encontra-se preso a uma cama de hospital
e é enquanto se encontra aí que revê, um a um, todos os episódios mais
importantes da sua vida. Artemio foi um dos participantes empenhados nas
campanhas da Revolução Mexicana, mas depois traiu os seus ideais e foi
acumulando, ao longo da vida, riquezas e poder.
Estive na região para prestar concurso público e passei na biblioteca. Gostei muito do local.
ResponderExcluirAldivino Renuza, Ourinhos-Jacarezinho