Foram entregues na segunda-feira, dia 10 de janeiro
no Teatro Renascença as premiações aos vencedores do Prêmio Açorianos de
Literatura 2012, o evento é organizado pela Secretaria Municipal da Cultural.
Destacamos que as obras vencedoras já estão disponíveis para
consulta e empréstimo na Bibliot eca Pública Municipal Josué Guimarães.
Segue abaixo um breve resumo das obras para que você
possa escolher aqueles que são do seu interesse.
Uma Boa Leitura a todos!
Afrontar
Fronteiras , ensaio do
escritor, tradutor e professor Donaldo
Schüler recebeu o Prêmio Açorianos de Literatura 2012 na
categoria Ensaio de Literatura e Humanidades e também o destaque
de Livro do Ano, prêmio dado ao melhor livro dentre os vencedores de todas
as categorias.
O seminário Afrontar Fronteiras realizado
em 2011, no StudioClio, composto por encontros mensais com pensadores nacionais
e internacionais, deu origem à obra homônima, a qual retoma os assuntos
abordados e constitui-se, portanto, a partir de amplo debate. O livro amplia
as discussões acerca do cérebro, da mente, da máquina, da cultura erudita e
popular, da violência, do trabalho, da mulher, da globalização, atentando para
contextualizá-las tanto local, como nacional e mundialmente. É marcado pelo
estilo reflexivo e ao mesmo tempo pontual, com sentenças breves e densas.
O livro de Márcia
Leite, A primeira vez que vi meu pai
foi o vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura 2012, em duas categorias Capa
e Projeto gráfico. O texto trata da relação de dois meninos com seus
respectivos pais. Num diálogo muito bem construído e que revela a sensibilidade
da autora e seu conhecimento da alma humana e das dores que podem habitá-la em
qualquer fase da vida, os garotos vão falando da presença e da ausência do pai
em suas vidas. Forte, contundente e, ao mesmo tempo, extremamente lírico,
possibilitará aos leitores mais sensíveis reflexões necessárias.
Maria
Teresa e o Javali, texto do
gaúcho Gustavo Finkler com
ilustrações da paulistana Renata
Mattar recebeu o Prêmio Açorianos de Literatura 2012 na categoria
Infantil. Tendo como pano de fundo o período infantil no qual as crianças
assistem sempre ao mesmo filme, preferem ouvir sempre as mesmas histórias, fase
importante para o desenvolvimento da criança. Maria Teresa, protagonista da
história, está vivendo justamente esta fase.
A menina Maria ama ouvir a história "O Javali
intrigante", pede aos pais que lhe conte a mesma história todas às noites.
Mas em uma dessas noites, para surpresa de Maria Teresa, algo inesperado
acontece. Maria acaba sonhando com o javali, pois já conhece muito bem a
história. Acontece que o javali é um pouco guloso e acaba por sair do sonho da
menina com a intenção de fazer um lanche na cozinha. Quando Maria acorda, o
animal não consegue mais voltar para o sonho, só se Maria dormir novamente.
Assim, durante todo o seu dia vai viver empolgantes aventuras com o bichinho,
só que, para piorar, o animal não parece muito disposto a colaborar.
O livro é projetado com a intenção de instigar ao
máximo a imaginação da criança. Ao invés de utilizar sons e cd's com filmes, o
texto aponta para certos aspectos das imagens com a intenção de garantir a
atenção da criança. Em outros momentos, entretanto, coloca no meio do texto
nomes de canções em parênteses, com a intenção de despertar a curiosidade, ao
passo que força (de maneira lúdica) a interação com os pais.
O retrato da violência urbana na sociedade jovem é
o tema chave do livro vencedor da categoria Infanto-Juvenil Decifrando Ângelo, de Luís Dill. O autor porto-alegrense faz
da realidade sua ficção: utiliza-se dos exemplos factuais que desenham os atos
de violência na atualidade para contar a história de um evento típico dessa
situação (infelizmente) típica. Para isso, Luís Dill narra a trama de forma
diferente. Substitui a velha narrativa tradicional por um roteiro de
documentário disposto em uma estrutura instigante e inovadora. Sua matéria
narrada se transforma, dessa maneira, em diferentes discursos que, por serem
produzidos por diferentes personagens, se limitam (ou não) através das versões
pessoais de cada um. A responsabilidade, assim, cai sobre as mãos dos
entrevistados, e é por eles que a trama é construída. Pela verdade de cada um.
Neste livro, vencedor do Prêmio Açorianos 2012, categoria crônica, Carpinejar
retrata a mudança do comportamento masculino. Descobre agora o Borralheiro: Minha Viagem pela Casa no texto o personagem não se sente menosprezado por cuidar das tarefas
domésticas. O autor embarca em uma viagem pela residência, passeia por cada
cômodo, brincando com as diferenças do comportamento entre marido e mulher e
destruindo condicionamentos do sexo e do amor. São 100 crônicas em que o
escritor confidência as estratégias de sedução e faz advertências para os
rapazes, como nunca mexer no umbigo da namorada ou apertar suas bochechas, além
de explorar os tipos familiares como, o sogro, o tio, a mãe e os irmãos. O
livro é um convite a repensar a rotina e se apaixonar novamente pelo casamento.
Com uma prosa carregada e densa, que flerta com a
poesia, Altair Martins conquistou
lugar de destaque no cenário literário nacional. Em Enquanto água, ele retorna ao conto em um livro intermeado pelo
mar, suas idas e vindas. Ao todo, são dezoito textos em que a água é tanto o
ponto de união quanto de dispersão. Divididos em quatro capítulos, cada grupo
de histórias segue uma sensação: chuva na cara, depois da chuva, garoa, água
com gás. Na liquidez dessas tramas, a água pode aparecer como um viés do real. Dramas
familiares corriqueiros como a disputa entre sogro e genro e a celebração do
primeiro aniversário de uma neta se resolvem pela atuação da natureza que cerca
os personagens. Original e repleto de experimentações lingüísticas, Enquanto
água confirma Altair como um dos melhores contistas brasileiros. Fama que
nasceu aos poucos em sua Porto Alegre natal, e ganhou fôlego e endosso da
crítica especializada ao longo dos anos: “busquei o ritmo de rios e chuvas, os transbordamentos
e afogamentos” , revela o autor vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura 2012
na categoria Contos.
O livro que rendeu escritora Letícia Wierzchowski o prêmio Açorianos de Literatura 2012, categoria
Narrativa longa, conta a história de um jovem apaixonado que acredita ter
encontrado sua alma gêmea. Em pouco tempo, o que seria uma bela história de amor
se transforma em um pesadelo, com desfecho trágico. O advogado de defesa,
contratado para cuidar do caso, reconstrói a angústia e desilusão de seu
cliente, e com ele a história da pequena cidade de Neptuno.
O tempo e
o Rio Grande nas Imagens do Arquivo Histórico do RS, a obra venceu o Prêmio Açorianos 2012 na categoria
Especial. Publicada pelo Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS),
instituição da Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com o Instituto
Estadual do Livro (IEL) e a Maestra Comunicação e Cultura, a obra é resultado
do trabalho de pesquisa do AHRS e sua equipe técnica, sob a organização de Rejane Penna, historiógrafa da
instituição. Com 168 páginas, a publicação reúne mais de 200 imagens do acervo
do Arquivo Histórico, desde o século XIX até a contemporaneidade. Estão
presentes as fotografias mais significativas e exclusivas que, junto a textos
de renomados pesquisadores, contam a passagem do tempo sob diferentes contextos
de crises, mudanças e permanências. As imagens selecionadas contemplam
quatro temas principais: antepassados, espaços/natureza, sociabilidade e luta/política.
Fontes
consultadas:
cultura.rs.gov.br
;
cmcpoa.blogspot.com ;
coordenacaodolivro.blogspot.com
;
livraria.folha.com.br
.
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