Os espetáculos listados abaixo fazem parte do 19º Festival Porto Alegre Em Cena e serão apresentados no Teatro Renascença e na Sala Álvaro Moreyra do Centro Municipal de Cultura.
O Centro Municipal de Cultura está localizado na Av. Érico Veríssimo, 307 no bairro Menino Deus/POA.
TEATRO MERCOSUL
Brasil (Argentina)
Dias 20 e 21, às 23h – Sala Álvaro Moreyra
Uma das figuras mais conhecidas do teatro argentino, Maria Ucedo se lança em
seu primeiro monólogo com o mesmo conceito teatral com que trabalhou por mais
de quinze anos no consagrado grupo “El Descueve”. A interpretação arrebatou
muitos aplausos em Buenos Aires, devido à vigorosa performance da atriz,
misturando rigor físico, texturas poéticas e pictóricas. Prepare-se para conhecer um representante do
“teatro independente” e visceral da cena argentina.
Las Primas - O la Voz
de Yuna (Argentina)
Dias 13 e 14, às 23h – Sala Álvaro
Moreyra
A famosa pintora Yuna Riglos é uma mulher que se salva através da
arte, mas cujo temor às quedas se transforma em obsessão recorrente. Quando
recebe um prêmio por sua trajetória artística se vê envolvida por suas
recordações, em um devir incessante de fatos e personagens que marcaram sua
vida. Para Yuna, o tão desejado reconhecimento não significa alcançar a paz,
porque ela é e sempre será a descendente de uma família degenerada e mal constituída.
A base da encenação é a memória de sua personagem, que funciona como o relâmpago ao iluminar apenas uma fração do que alcança com sua luz. A memória-relâmpago irrompe e revela situações do personagem, ao mesmo tempo em que convida a platéia a intuir o que não foi devidamente iluminado, ou seja, a obra se debruça sobre a “parte” para falar do “todo” do personagem central. A protagonista é a noite atravessada pelos relâmpagos de sua história.
Uma oportunidade única para conhecer essa obra nunca encenada no Brasil, vinda diretamente de Buenos Aires para o nosso festival.
A base da encenação é a memória de sua personagem, que funciona como o relâmpago ao iluminar apenas uma fração do que alcança com sua luz. A memória-relâmpago irrompe e revela situações do personagem, ao mesmo tempo em que convida a platéia a intuir o que não foi devidamente iluminado, ou seja, a obra se debruça sobre a “parte” para falar do “todo” do personagem central. A protagonista é a noite atravessada pelos relâmpagos de sua história.
Uma oportunidade única para conhecer essa obra nunca encenada no Brasil, vinda diretamente de Buenos Aires para o nosso festival.
Snorkel (Uruguai)
Dias 05, 06 e
07, às 23h – Sala Álvaro Moreyra
A peça se debruça sobre os “deserdados da terra” e suas misérias,
com um leque de personagens muito variados, cujas histórias se sucedem uma após
a outra em um ritmo vertiginoso. Todos estão procurando algo em meio a um
submundo de desesperança que os impulsionará a procurar saídas variadas. Na
peça, esse universo de drogas baratas, prostituição, corrupção e violência pede
a todos que coloquem um “snorkel” (o aparelho de mergulho que dá visibilidade
em águas profundas, permitindo respiração em meio adverso) para garantir sua
sobrevivência. Uma montagem impressionante, a demonstrar o vigor da nova cena
uruguaia, em um espetáculo de tirar o fôlego, borrando a fronteira entre a
ficção e a realidade, a mostrar os novos caminhos do teatro uruguaio e
abrilhantar a programação do festival.
Variaciones Meyerhold
(Uruguai)
Dias 11, 12 e 13, às 20h – Teatro
Renascença
O texto do dramaturgo e psicanalista argentino Eduardo Pavlovsky
toma como centro da encenação a figura de Meyerhold, célebre ator, diretor e
teórico russo, cujo discurso inovador e revolucionário o transformou em
personalidade de relevância no panorama teatral do início do século XX.
A obra reúne aspectos do discurso artístico do célebre pensador russo e os relaciona com momentos dramáticos de sua trajetória pessoal, sujeito ao cárcere, tortura e humilhações com as autoridades da Rússia stalinista. A montagem da Comédia Nacional, a mais importante e sólida agremiação teatral do Uruguai, aborda o texto utilizando as ideias do personagem central na própria concepção do espetáculo.
Personificando o grande artista, Jorge Bolani oferece ao público, uma interpretação magistral, digna de toda a atenção e elogios, tornando a peça obrigatória dentro da programação do festival. Uma excelente oportunidade para o público conferir a produção teatral da Comédia Nacional.
A obra reúne aspectos do discurso artístico do célebre pensador russo e os relaciona com momentos dramáticos de sua trajetória pessoal, sujeito ao cárcere, tortura e humilhações com as autoridades da Rússia stalinista. A montagem da Comédia Nacional, a mais importante e sólida agremiação teatral do Uruguai, aborda o texto utilizando as ideias do personagem central na própria concepção do espetáculo.
Personificando o grande artista, Jorge Bolani oferece ao público, uma interpretação magistral, digna de toda a atenção e elogios, tornando a peça obrigatória dentro da programação do festival. Uma excelente oportunidade para o público conferir a produção teatral da Comédia Nacional.
ESPETÁCULOS
NACIONAIS
A Mulher sem Pecado
(MG)
Dias 19, 20 e
21, às 20h – Teatro Renascença
No ano em que todo o Brasil comemora o centenário de nascimento de
Nelson Rodrigues, considerado o maior dramaturgo da história do teatro
brasileiro, a montagem mineira de “A Mulher Sem Pecado”, primeiro texto do
célebre autor, promete surpreender e emocionar o público gaúcho.
A cenografia do espetáculo dirigido por Kalluh Araujo é inspirada
na obra do artista holandês Mauritis Escher, que criou escadas que não vão a
lugar nenhum e que representa visualmente os labirintos da neurose humana na
trama rodrigueana. A montagem acontece em um clima enevoado e sinistro, e
trazem para a cena o estado psicológico em que os personagens estão imersos. A
iluminação, com toques expressionistas, realça e esconde o movimento das personagens
e valoriza cada palavra do texto.
Fiel à obra de Nelson, o diretor manteve o texto e os personagens
na íntegra, como foram concebidos, em um elenco protagonizado por Paulo
Rezende, um dos mais conhecidos atores de sua terra natal. Uma montagem de alto
impacto visual e dramatúrgico, para os amantes do bom teatro brasileiro.
Ilhados - Encontrando
as Pontes (PE)
Dias 15, 16 e 17, às 23h – Sala Álvaro
Moreyra
Dois corpos, dois momentos e muitas pontes. O lugar desenhado nos
corpos, a dança carregando o lugar para todo e qualquer lugar. A coreógrafa
Mônica Lira, um dos principais nomes da dança contemporânea de Recife, recria
nesse trabalho suas memórias infantis da ilha de Fernando de Noronha, onde
nasceu e viveu parte de sua vida, num trabalho cativante dividido com sua filha,
Rafaella Trindade, com a impactante trilha sonora executada ao vivo pelo excepcional
percussionista Tarcísio Resende.Uma oportunidade única para o público do Rio
Grande do Sul encontrar a dança produzida no Nordeste brasileiro, de inegável
traço contemporâneo e original, com uma das mais importantes e criativas
coreógrafas do nosso país.
In Heaven (RS)
Dia 23, às
23h – Sala Álvaro Moreyra
“In Heaven” é o encontro entre dois humanos que, enquanto esperam
as águas do rio subirem, entrecruzam suas histórias, desejos e lembranças. A
partir de “O Encontro das Águas”, do jornalista e dramaturgo paulista Sérgio
Roveri, o espetáculo incorpora outros textos do mesmo autor, como “A Noite do
Aquário”, “A Coleira de Bóris” e “Ensaio para um Adeus Inesperado”. Água. Um
espaço. Espelhos. Dois homens. Um encontro, um encanto, um entanto.
Representante do bom teatro que se faz no interior do Rio Grande do Sul, a peça é uma oportunidade para o público porto-alegrense travar contato com os artistas de Caxias do Sul, polo teatral já consolidado. A peça mostra, também, o intercâmbio com alguns dos profissionais do Estado, em importante momento de troca e afirmação.
Representante do bom teatro que se faz no interior do Rio Grande do Sul, a peça é uma oportunidade para o público porto-alegrense travar contato com os artistas de Caxias do Sul, polo teatral já consolidado. A peça mostra, também, o intercâmbio com alguns dos profissionais do Estado, em importante momento de troca e afirmação.
Júlia (RJ)
Dias 06, 07 e 08, às 20h – Teatro
Renascença
“Júlia”, adaptação da peça “Senhorita Júlia”, de August
Strindberg, dá seguimento à pesquisa da diretora Christiane Jatahy, integrando
teatro e cinema em cena. Em “Júlia” o teatro se faz cinema ao vivo e as
estruturas cinematográficas são expostas ao público. Com cenas pré-filmadas e
cenas filmadas ao vivo, o filme será construído na presença da plateia a cada
dia, em fricção permanente entre as duas linguagens (teatro e cinema) e o
clássico e o contemporâneo, entre o que pode ser visto e entrevisto na presença
real do ator em cena e no enquadramento dos detalhes cinematográficos. A
adaptação do famoso texto traz o conflito original para o aqui e agora, no dia
em que o público assiste à peça e se pergunta como são os personagens no Brasil
de hoje.
Uma das mais promissoras diretoras teatrais do Brasil, Christiane
Jatahy obteve com a montagem de “Júlia” o prêmio Shell de Melhor Direção 2011
no Rio de Janeiro. Espetáculo obrigatório!
Marina, a sereiazinha
(RJ)
Dias 15, 16 e
17, às 20h – Teatro Renascença
Depois de um longo período sem encenar peças para crianças, a
companhia carioca PeQuod surpreendeu o público infantil com Marina, a
sereiazinha, espetáculo inspirado no clássico do escritor dinamarquês Han
Christian Andersen, “A Sereiazinha”. A montagem nasceu da união da secular
técnica do Teatro Aquático de Bonecos do Vietnã com as composições de Dorival
Caymmi. As canções praieiras do célebre compositor baiano embalam os bonecos
para contar a comovente história de Andersen, interpretadas ao vivo durante a
encenação, com direção e arranjos originais de Fabiano Krieger.
Apaixonada por um mortal, uma jovem sereia recorre aos feitiços de
uma bruxa para assumir uma forma humana e assim se aproximar do seu amado. Em
troca, abre mão de sua bela voz. Para tornar o encantamento permanente, a
pequena sereia deve conquistar o amor do rapaz.
Na montagem da PeQuod, as crianças vão redescobrir a história
secular, se encantando com cenas realizadas dentro de quatro enormes aquários
que compõem o cenário. É a primeira vez que uma companhia brasileira se
aventura num espetáculo inspirado na técnica vietnamita, existente desde o
século XI, revitalizada na França, a partir da década de 1980. Marina, a
sereiazinha ganhou os prêmios Zilka Salaberry de Teatro Infantil nas principais
categorias: Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Cenografia, Melhor
Iluminação e Prêmio Especial pelo projeto. Puro deleite e encantamento.
SHOW NACIONAL
Ame ou Se Mande -
Jussara Silveira (BA)
Dias 22 e 23, às 20h – Teatro Renascença
Jussara Silveira estreou como cantora em 1989, no Teatro Castro
Alves, de Salvador e, desde então, seu trabalho ganhou fôlego para ser mostrado
em todos os grandes teatros do Brasil. De lá para cá, tem amealhado uma legião
fiel de fãs que esperam seus trabalhos com entusiasmo crescente.
No “Porto Alegre em Cena”, acompanhada pelos grandes músicos
Marcelo Costa e Sacha Amback, Jussara vem apresentar uma seleção de seus dois
novos discos, “Ame ou se Mande” e “Flor Bailarina”, este último com repertório
baseado em canções angolanas. Uma grande oportunidade para o público local
entrar em contato com a maravilhosa voz dessa grande cantora brasileira, seu
bom gosto e sua impactante força cênica. O trabalho de Jussara Silveira é como
bálsamo contemporâneo a renovar a fé nos amantes da eterna força da música
popular brasileira.
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